Redação
“Prática” geralmente se refere a uma atividade específica, como meditar ou cantar, que se faz todos os dias. Por exemplo, uma pessoa que pratica o budismo japonês Jodo Shu (Terra Pura) recita o Nembutsu todos os dias. Os budistas da escola Zen e da escola Theravada (tradição da Floresta) praticam a meditação (samadhi ou também Viapssana) todos os dias. Os budistas tibetanos podem praticar uma meditação especializada sem forma várias vezes ao dia.
Muitos budistas leigos mantêm um altar em casa. O que exatamente vai no altar varia de escola para escola, mas a maioria inclui uma imagem/estátua do Buda, velas, flores naturais, incenso (sem aroma definido) e uma pequena tigela de água. Cuidar do altar é um lembrete para cuidar da prática diária.
A Meditação, é um dos pilares da prática diária, seja na posição, andando, em pé (parado) ou sentado (em posição de lótus ou semi-lótus), de preferência pela manhã, antes de iniciar as atividades rotineiras ou não-rotineiras. Equilibrar a Mente, ver as coisas como realmente são e conscientizar da impermanências de tudo é também parte do processo meditativo.
A prática budista também inclui praticar os ensinamentos (sasana) do Buda, em particular, o Nobre Caminho Óctuplo. Os oito elementos do caminho são organizados em três seções: sabedoria, conduta ética e disciplina mental. Uma prática de meditação seria parte da disciplina Mental.
A conduta ética (sila) é parte importante da prática diária dos budistas. Somos desafiados a tomar cuidado em nossa fala, nossas ações e nossas vidas diárias para não fazer mal aos outros, fazer o bem e cultivar a integridade em nós mesmos. Por exemplo, se nos pegamos ficando com raiva, tomamos medidas para deixar de lado nossa raiva antes de machucar alguém.
Os budistas são desafiados a praticar a Atenção Plena em todos os momentos. A atenção plena (Mindfulness) é a observação sem julgamentos de nossas vidas momento a momento. Ao permanecermos atentos, permanecemos claros para a realidade presente, não nos perdendo em um emaranhado de preocupações, devaneios, apegos e paixões.
Os budistas se esforçam para praticar o budismo a todo momento. Claro, todos nós falhamos algumas vezes. Mas fazer esse esforço é também praticar o budismo. Tornar-se budista não é uma questão de aceitar um sistema de crenças ou memorizar doutrinas. Ser budista é praticar o budismo, o tempo todo.