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Quando a Vida fica Difícil (como se portar?)

Posted on 29/04/202529/04/2025 by Edmir Ribeiro Terra

Ajahn Jayasāro

Quando enfrentamos dificuldades, nossa primeira reação é quase sempre de resistência. Mesmo em países quentes como a Tailândia, uma “bola de neve” de pensamentos negativos pode surgir na mente: “Eu não precisava disso agora”, “Por que comigo?”, “Isso não é justo”, “Não aguento mais”, “Queria que tudo voltasse a ser como antes” — e assim por diante. Se essa espiral mental seguir para “Não tenho esperança; não valho nada”, ela se torna verdadeiramente tóxica.

A Vibhāva Taṅhā — o desejo de não ser, não ter ou não sentir — nunca nos ajuda a lidar com experiências difíceis. Pelo contrário: só piora a dor, prolonga o sofrimento e deixa marcas mais profundas. Sob sua influência, podemos agir e falar de forma impulsiva, gerando consequências duradouras.

O que pode nos ajudar?

  • Paciência: Suportar com calma as sensações desagradáveis no Corpo e na Mente.
  • Não reprimir, nem se entregar: Evitar ignorar, distrair-se ou alimentar esses sentimentos. Simplesmente coexistir com eles.
  • Lembrar-se: Como dizia Ajahn Sumedho, “É assim”. Tudo muda.

Algumas situações são realmente dolorosas, mas muitas vezes nós as tornamos ainda mais difíceis do que precisam ser. E isso é algo que podemos evitar.

Ensinamento – Vibhāva Taṇhā e a Visão Materialista (Uccēda Diṭṭhi)

1. A Raiz do Materialismo

Vibhāva taṇhā surge da visão materialista (uccēda diṭṭhi, pronunciado “uchchēda”), que inclui duas crenças centrais:

  • Que a existência humana cessa completamente com a morte.
  • Que a mente é apenas um subproduto do corpo (cérebro), terminando junto com ele.

Essa perspectiva leva à conclusão de que é preciso aproveitar ao máximo os prazeres desta vida, pois não haverá outra chance. Naturalmente, tal mentalidade também está ligada ao kāma taṇhā (desejo por prazeres sensuais).

2. O Materialismo na Sociedade Moderna

Hoje, é fácil cair em vibhāva taṇhā, especialmente para quem desconhece os ensinamentos do Buda sobre:

  • Os 31 reinos da existência.
  • O processo de renascimento (saṁsāra).

Nossos sentidos humanos não conseguem perceber essas dimensões mais sutis, e muitas pessoas acreditam apenas no que veem. No entanto, compreender essa visão mais ampla é essencial para explicar plenamente as experiências da vida (como discutido em “Caprichos da Vida e o Caminho para Buscar Bons Renascimentos”).

3. As Consequências do Uccēda Diṭṭhi

Essa visão materialista (ou niilista) frequentemente justifica ações imorais, já que tudo é visto como uma oportunidade para o próprio prazer. Por exemplo: Animais sofrem ao serem mortos, mas muitos ignoram seu sofrimento, pensando: “Se esta é a única vida, não há consequências futuras.”

Essa lógica é refutada no Brahmajāla Sūtta (Dīgha Nikāya 1), que explora a ligação entre uccēda diṭṭhi e vibhāva taṇhā.

4. Reflexão Ética: Vegetais versus Animais

Vale a pena ponderar:

Vegetais não possuem mente ou capacidade de sentir dor como os animais.

Animais, assim como nós, são seres sencientes. A única diferença está no nível intelectual — nossa inteligência superior é resultado de kamma passado, não de um status permanente.

Se acumularmos kamma negativo, podemos renascer como animais no futuro. Essa análise exige tempo e estudo, mas muitas pessoas não se dedicam a investigar a profundidade do Dhamma, que oferece respostas consistentes para as complexidades da vida.

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