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Budismo: filosofia ou religião ?

Posted on 01/05/202501/05/2025 by Edmir Ribeiro Terra

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A Singularidade Humana da Crença

A maioria das espécies no planeta não possui capacidade intelectual para construir sistemas de crenças. Gatos e cães, por exemplo, não refletem sobre o significado da vida e vivem satisfeitos desde que suas necessidades imediatas sejam atendidas. Isso faz do Homo sapiens a única criatura na Terra capaz de elaborar pensamentos complexos e criar sistemas religiosos e filosóficos. Portanto, a religiosidade é uma característica exclusivamente humana, sem paralelo em outros seres vivos.

O Declínio da Religião no Ocidente

Atualmente, em muitas regiões — especialmente na Europa Ocidental e na América do Norte —, a religião perdeu parte de sua influência. Essa é uma mudança radical em relação ao passado, quando a fé era o alicerce da sociedade ocidental, moldando todos os aspectos da vida. Cidades tinham igrejas e pregadores, e a ideia de Deus servia como eixo moral e filosófico para todas as questões humanas.

Essa dinâmica começou a se transformar com o Iluminismo (séculos XVII – XVIII), simbolizada pela resposta do astrônomo francês Pierre-Simon Laplace (1749–1827) a Napoleão Bonaparte. Ao ser questionado sobre o papel de Deus em sua teoria da origem do universo, Laplace respondeu: “Não preciso dessa hipótese”. Essa frase sintetizou a mentalidade ocidental emergente, que passou a buscar explicações racionais para os mistérios da vida, sem depender de dogmas inquestionáveis.

O Vazio Pós-Religião e a Busca por Substituições

A religião no Ocidente está em declínio irreversível, sem perspectivas de um renascimento. Seu legado é ambíguo: por um lado, fortaleceu comunidades, incentivou valores como generosidade e perdão e ofereceu estruturas morais; por outro, também teve seus lados sombrios.

Hoje, o mundo ocidental vive um limbo cultural, tentando preencher o vazio deixado pela FÉ. Muitos canalizam esse anseio para a política, adotando posturas quase religiosas em suas convicções — algo que, nos EUA, tem levado até mesmo a rupturas familiares e amizades por divergências ideológicas.

Espiritualidade sem Religião?

Uma tendência crescente em várias partes do mundo é dissociar espiritualidade de religião, associando esta última a aspectos negativos. Frases como “Não sou religioso, mas sou espiritual” são comuns, refletindo uma distinção clara entre as duas ideias. Até mesmo professores ocidentais de budismo frequentemente apresentam a tradição como um “caminho espiritual” (Dhamma) em vez de uma religião, evitando assim a carga histórica e cultural vinculada ao termo.

O Budismo: Religião ou Filosofia?

A questão de saber se o budismo é uma religião não tem resposta definitiva. Diferente de muitas tradições religiosas, ele não pressupõe um Deus criador onipotente ou um ser superior que dirige o universo. Seu foco está na transformação da consciência por meio da Meditação e de princípios éticos universais. Sob essa ótica, pode ser visto como um caminho de autoconhecimento e iluminação, não necessariamente uma religião.

Para a maioria dos budistas asiáticos, essa classificação é irrelevante — muitos sequer compreendem a discussão. Já no Ocidente, a ênfase na natureza não teísta do budismo atrai aqueles que buscam orientação moral e técnicas meditativas sem os dogmas associados a outras religiões. Essa abordagem também permite interpretações flexíveis dos ensinamentos, adaptando-os às necessidades individuais.

O Dhamma como Força Viva

Essa Liberdade está alinhada com a própria essência do Budismo, que entende o Dhamma (ensinamentos deixados por Buddha) não como um caminho único, mas como uma força dinâmica, moldada às buscas espirituais de cada pessoa. Os grandes mestres Budistas empregam upaya (meios hábeis) para transmitir os ensinamentos de forma acessível, adaptando-se ao estágio de cada indivíduo. Isso é possível porque o cerne do Buddhadhamma não está em doutrinas rígidas, mas na compreensão direta da natureza da realidade.

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