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Dhammapada – Verso 348

Posted on 29/07/202529/07/2025 by Edmir Ribeiro Terra

Buddha

“Abandone o passado, abandone o futuro, abandone o presente, cruze para a outra margem. Com a mente liberta de tudo não regresse ao nascimento e decrepitude.” – O Buddha (Dhammapada 348).

“Podemos facilmente nos perdermos em pensamentos sobre o futuro. Podemos confortavelmente permanecer nas memórias do passado. Assim rapidamente nos perdemos das experiências do momento presente. Quando nos perdemos, sofremos. Mas o sofrimento não é a realidade última: existem causas para o sofrimento e existe a libertação destas causas. Alcançar a liberdade requer que estejamos dispostos a abrir mão das circunstâncias que nos são conhecidas.

Ouvimos a instrução do ‘desapegar’ e pode parecer que nos está sendo pedido para nos livrarmos de algo valioso ou que estamos errados por ser da maneira que somos. Mas se reconhecermos o poder da verdadeira consciência, nos aperceberemos que o ‘desapegar’ simplesmente acontece. Neste verso, o Buddha vai ao nosso encontro na realidade do nosso sofrimento e nos leva à porta aberta para fora dele.”

A História de Uggasena

Enquanto residia no Mosteiro de Jetavana, o Buda recitou este verso, referindo-se a Uggasena, filho de um homem rico que se apaixonou por uma dançarina.

Certa vez, uma trupe teatral itinerante, composta por quinhentos dançarinos e alguns acrobatas, chegou a Rājagaha e se apresentou nos jardins do palácio do Rei Bimbisāra por sete dias. Lá, uma jovem dançarina, filha de um acrobata, cantou e dançou em cima de uma longa vara de bambu. Uggasena, o jovem filho de um homem rico, apaixonou-se perdidamente por essa dançarina, e seus pais não conseguiram impedi-lo de se casar com ela. Ele se casou com a jovem dançarina e seguiu a trupe. Como não era dançarino nem acrobata, não foi de grande utilidade para o grupo. Assim, conforme o grupo se deslocava de um lugar para outro, ele teve que carregar caixas, conduzir as carroças, etc.

Com o passar do tempo, Uggasena e sua esposa, a dançarina, tiveram um filho. Para essa criança, a dançarina costumava cantar uma canção que dizia: “Ó tu, filho do homem que vigia as carroças; o homem que carrega caixas e fardos! Ó tu, filho do ignorante que nada pode fazer!” Uggasena ouviu a canção; sabia que sua esposa se referia a ele e ficou muito magoado e deprimido. Então, foi até seu sogro, o acrobata, e pediu-lhe que lhe ensinasse acrobacias. Após um ano de treinamento, Uggasena tornou-se um acrobata habilidoso.

Então, Uggasena retornou a Rājagaha, e foi proclamado que Uggasena demonstraria publicamente sua habilidade dentro de sete dias. No sétimo dia, uma longa vara foi erguida e Uggasena subiu nela. A um sinal dado de baixo, ele deu sete cambalhotas no poste. Por volta desse momento, o Buda viu Uggasena em sua visão e soube que era chegada a hora de Uggasena atingir o estado de arahant. Então, ele entrou em Rājagaha e desejou que a plateia voltasse a atenção para ele, em vez de aplaudir Uggasena por seus feitos acrobáticos.

Quando Uggasena viu que estava sendo negligenciado e ignorado, simplesmente sentou-se no topo do poste, sentindo-se muito descontente e deprimido. O Buda então se dirigiu a Uggasena: “Uggasena, um homem sábio deve abandonar todo apego aos agregados de khandha e se esforçar para alcançar a libertação do ciclo de renascimentos.”

Puro muñca pacchato muñca majjhe muñca bhavassa pāragū
sabbattha vimuttamānaso na puna jātijaraṃ na upehisi

puro: anseio pelas formas físicas passadas;
muñca: desista; liberte-se de;
pacchato [pacchata]: anseio por formas físicas futuras;
majjhe: anseio pelas formas físicas presentes;
bhavassa: da existência;
pāragū: você chegou ao fim (você foi para a outra margem);
sabbattha: em todos os lugares; em tudo;
vimuttamānaso [vimuttamānasa]: (você é) de mente desapegada;
puna: mais uma vez;
jātijaraṃ [jātijara]: ao nascimento e à morte;
na upehisi: você não virá.

Abandone o passado, desista do futuro, desista do presente. Tendo alcançado o fim das existências, com a Mente livre de todas (as coisas condicionadas), você não passará novamente pelo nascimento e pela decadência (velhice).

Ao final do discurso, Uggasena, que ainda estava no topo do poste, alcançou o estado de Arahant. Ele desceu do poste e logo foi admitido no Sangha (comunidade de seguidores) pelo Buda.

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