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Para dissolver o desapego

Posted on 16/07/202516/07/2025 by Edmir Ribeiro Terra

Ajahn Jayasāro – editor

Para dissolver o poder do apego sobre a psique humana, é preciso transformá-lo em desapego.

O desapego — ou não-apego — surge da compreensão profunda de que nenhum bem material, relacionamento ou conquista é permanente ou capaz de oferecer satisfação duradoura. Ele brota do reconhecimento de que não há um “EU” fixo a ser protegido, promovido ou defendido, bem como da percepção de que a busca por gratificação sensual é fútil, pois só gera mais desejo e obsessão.

Nesse contexto, o apego se manifesta de formas variadas: como possessividade nos relacionamentos, defensividade, ciúme, cobiça, ganância ou competitividade. O desapego, por sua vez, atenua e supera essas tendências. Isso não implica indiferença pela humanidade ou pelo mundo; ao contrário, trata-se de uma transformação interior que dissolve traços destrutivos e divisórios, permitindo que suas antíteses — generosidade, serenidade e compaixão — floresçam.

Um exemplo claro é o apego aos prazeres sensoriais, frequentemente alertado nos suttas. Quem se apega a eles é comparado a um “pau encharcado e viscoso” mergulhado em água: assim como ele não pode acender uma fogueira, a mente escravizada pelos sentidos é incapaz de alcançar o “incomparável autodespertar” (anuttaraya sambodhaya). Essa pessoa torna-se vulnerável às influências de Māra (personificação do mal), como alguém que insiste em segurar uma tocha em chamas, sofrendo queimaduras desnecessárias.

O apego aos prazeres sensoriais turva a mente, impedindo clareza e objetividade. Já virāga (desapego) está ligado à prática da Atenção Plena (satipaṭṭhāna) e à percepção da verdadeira natureza das coisas. No budismo, o desapego não significa abandonar a busca pela verdade, mas sim cultivar uma visão mais límpida da realidade. Enquanto sarāga (apego) distorce a percepção, filtrando-a através de atrações e aversões, o desapego liberta a mente para enxergar as coisas como realmente são. (Elizabeth J. Harris).

Exemplo e metáfora sobre o desapego

Ajahn Jayasāro

É verdade que um leopardo não pode mudar suas manchas. No entanto, isso não significa necessariamente que os seres humanos sejam incapazes de fazer mudanças transformadoras em suas vidas. Analogias e metáforas servem para ilustrar ideias ou crenças—não para prová-las. A falta de paciência com a incerteza, somada à satisfação de acreditar que finalmente entendemos algo, nos torna propensos ao erro.

Podemos nos convencer de que compreendemos algo simplesmente porque temos uma metáfora vívida para descrevê-lo. Por isso, é sábio examinar as metáforas que guiam nossa vida. Duas coisas nunca são exatamente iguais em todos os detalhes. Então, por que assumir que, neste caso específico, as semelhanças são suficientes para justificar a metáfora? Por exemplo: até que ponto nossos apegos mais profundos são realmente como as manchas de um leopardo—e também até que ponto não são?

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