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Riqueza e o diamante perdido

Posted on 16/03/202516/03/2025 by Edmir Ribeiro Terra

Ajahn Jayasāro

A RIQUEZA e o DIAMANTE PERDIDO

Era uma vez um homem rico que possuía um grande diamante que ele amava muito. Frequentemente, ele pedia a seus servos que colocassem o diamante sobre um pedestal no gramado atrás de sua casa, para que ele pudesse se sentar em sua varanda e vê-lo brilhar sob a luz da manhã. Era o mais próximo que ele já chegou de ter paz de espírito.

Um dia, o inimaginável aconteceu. Enquanto ele se sentava apreciando todas as cores do arco-íris emitidas pelo diamante ao receber os primeiros raios de sol da manhã, o brilho começou a desaparecer e, em seguida, sumiu por completo. O homem rico levantou-se de sua cadeira e correu até seu amado diamante, mas ele havia sumido, desaparecido no ar.

Na verdade, o diamante nunca esteve lá desde o início das suas observações. Para que pudessem roubar o diamante sem serem suspeitos, os servos do homem rico haviam colocado no pedestal do pátio, um bloco de gelo esculpido.

Ricos ou pobres, todos nós humanos temos diamantes preciosos. A maioria deles sempre foi feita de blocos de gelo. Apenas o Buda, o Dhamma e o Saṅgha não derretem e não podem ser roubados.

Ajahn Jayasāro (15-MARÇO-2568)

COMPLEMENTO do EDITOR – Nanayakara, em “Economia”, no livro Social Dimensions of Buddhism, diz: “O Budismo é, principalmente, uma religião ética cujo objetivo principal é o desenvolvimento moral, ético e espiritual do caráter do indivíduo. De acordo com o Budismo, todas as atividades humanas devem ser subordinadas ao avanço ético ou moral. Portanto, a economia, que compreende inúmeras atividades humanas, é subordinada à ética, tornando-se passível de avaliação ética.

Embora o Budismo aceite que a liberdade da carência ou a segurança econômica (atthi-sukha) seja um pré-requisito útil para a criação de uma atmosfera propícia ao desenvolvimento espiritual, é claro que o Buda não considerou a formulação de uma teoria econômica abrangente como parte de sua missão. Sua missão, obviamente, não visava provocar uma revolução econômica no sentido material. Como apontado anteriormente, sua preocupação estava mais no aspecto ético da economia do que na teoria ou nos mecanismos sutis envolvidos nela.”

Todo o ensinamento budista visa a melhoria da qualidade da vida humana. As injunções do Buda para todos eram desfrutar da máxima felicidade com o mínimo de posses. Os indivíduos são aconselhados a limitar suas necessidades ao estritamente necessário (appicchatā[1]).

Há um mal-entendido de que o Budismo encoraja a pobreza. Na verdade, o Budismo não considera a riqueza como má ou ruim; pelo contrário, reconhece a importância da riqueza material básica para a felicidade pessoal, bem como para o progresso espiritual.

E. F. Schumacher disse de forma bela em seu livro Small is Beautiful: “Não é a riqueza que impede a libertação, mas o apego à riqueza; não é o desfrute das coisas prazerosas, mas o desejo por elas.” Porque o objetivo final da vida humana é a felicidade, NÃO é a acumulação de riqueza.

O Nibbedhika Sūtta (Um Discurso Penetrante) do Aṅguttara Nikāya afirma: “No propósito apaixonado reside o desejo sensorial do homem; os ganhos cintilantes do mundo não são o desejo sensorial. No propósito apaixonado reside o desejo sensorial do homem; os ganhos cintilantes do mundo permanecem, mas os sábios mantêm o desejo sob controle.” Portanto, o Budismo nunca culpa a riqueza material pelo desejo, mas sim a natureza psicológica dentro da mente humana, dentro de todos nós.

É nesse sentido que o Buda disse: “Assim, monges, para aquele que desfruta dos prazeres sensuais, a pobreza é sofrimento no mundo; entrar em dívida é sofrimento no mundo; ter que pagar juros é sofrimento no mundo; ser repreendido é sofrimento no mundo; ser processado é sofrimento no mundo; e ser aprisionado é sofrimento no mundo.”


[1] Coisa frugal, simples, minimalista (traduções aproximadas)

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